terça-feira, 3 de setembro de 2013

Mercenários (com Liam Payne) – Capítulo Nove – Brigas e dúvidas...

 Capítulo Nove – Brigas e dúvidas...

~Liam P.O.V.’s~

         Liam sorriu pelo canto dos lábios enquanto voltava para o carro. A frase “eu até gostei” ecoava na sua mente, fazendo-o rir baixinho. O moreno ligou o carro e colocou o cinto de segurança, lembrando-se da insistência de Hayley.

Londres, Soho, 00:20 pm., sábado.

         Meia hora depois, Liam colocou o carro a garagem do prédio, acionou o alarme, fechou o portão e subiu para o apartamento que se localizava no terceiro andar.
         Ao entrar no apartamento, o moreno encontrou Zayn fumando na sacada. O garoto foi ao encontro do amigo de imediato.
         - Como foi com a Parker? – Zayn perguntou, enquanto Liam se apoiava no parapeito, ao seu lado.
         - Normal... – Liam respondeu. – Tem um cigarro e um isqueiro?
         - O que aconteceu com os seus? – Zayn perguntou, tirando com a mão direta a carteira de cigarros e o isqueiro do bolso, enquanto segurava seu cigarro com a esquerda. Em seguida entregou-os para Liam.
         - Estão em algum lugar por aí – ele respondeu antes de acender o cigarro e dar uma longa tragada, soprando a fumaça em seguida. – Ela gostou do beijo que eu dei nela – ele comentou, depois de alguns minutos em silêncio.
         Zayn olhou para Liam de imediato, intrigado:
         - Você beijou ela?
         - Não foi bem um beijo... – Liam apressou-se em explicar, com um sorriso no canto dos lábios. – Foi mais uma encostadinha no canto da boca – e deu uma tragada.
         - Pensei que estivesse tentando se afastar dela... – Zayn comentou, sorrindo pelo canto dos lábios.
         - E estou – Liam replicou depois de soprar a fumaça. – Mas ela me atrai, entende?
         - Não é só a você... – Zayn comentou, fazendo Liam fechar a cara de imediato. – Não que ela me atraia... De forma alguma – ele apressou-se a dizer, rindo.
         - Mas não me importo... Não estou afim de me apaixonar – Liam disse, com certa indiferença.
         - Mas você já está apaixonado – Zayn comentou.
         - Não estou – Liam replicou com convicção. – Você sabe que eu demoro para me apaixonar, até porque a conheci ontem...
         Zayn deu uma pequena pigarreada.
         - Que é? – Liam perguntou, sem entender.
         - O quê? – Zayn coçou a nuca com a mão livre.
         - Você pigarreou – Liam replicou.
         - E o quê que tem? – Zayn se fez de desentendido.
         - Você só pigarreia quando discorda de alguma coisa – Liam retorquiu, impaciente.
         - Isso quer dizer que não posso mais pigarrear por outros motivos? – Zayn indignou-se. Liam lhe lançou um olhar do tipo “fala logo porquê pigarreou”. – Tá... Só acho que você está querendo enganar a si mesmo.
         Dessa vez fora Liam quem pigarreara.
         - Que é? – Zayn perguntou, sem entender.
         - O quê? – Liam perguntou antes de levar o cigarro até a boca e dar uma breve tragada.
         - Você pigarreou – Zayn replicou.
         - E o quê que tem? – Liam se fez de desentendido.
         - Você pigarreou – Zayn retorquiu, impaciente.
         - Um homem não pode pigarrear em paz? – Liam perguntou, calmamente.
         - Vai tomar no cu! – o outro exclamou, fazendo Liam rir. – Fala logo!
         - Falar o quê?
         - Por que pigarreou, porra! – Zayn exclamou, irritado.
         - Porque não há chances de eu me apaixonar por uma garota da qual conheci em menos de vinte e quatro horas – Liam replicou.
         - Então por que raios beijou ela? – Zayn perguntou, agora mais confuso que o amigo.
         - Já disse que não foi um beijo – Liam retorquiu calmamente. – E sei lá, cara! Já disse que ela me atrai!
         - Tá, mas essa sua “atração”, - ele fez sinal de aspas com as mãos – pode acabar brincando com os sentimentos dela. Cuidado com isso, cara.
         - Já sei disso... – Liam replicou. – Vou ter cuidado com ela. Prometo... – e deu uma última e longa tragada em seu cigarro.

Londres, Notting Hill, casa da Hayley, 11:50 pm.

~Hayley P.O.V.’s~

         – ONDE VOCÊ ESTAVA? – foi a primeira coisa que ouvi quando entrei em casa. Johnny estava vestido com uma calça de moletom e uma camiseta branca, e seu rosto estava furioso.
         - Na Soho – respondi secamente.
         - Ah, agora é assim? Eu saio por algumas horas, volto, não te encontro em casa, e às dez para meia-noite você apenas me diz que estava “na Soho”? – ele me fitava, nervoso.
         - Algumas horas? – ri ironicamente. – Pelo amor de Deus, pai! Você passou o dia inteiro fora!
         - Mas isso não te dá o direito de sair sem avisar! Tem umas cinquenta chamadas não atendidas minhas no seu celular! – Johnny gritou.
         - Dá sim! – exclamei, impaciente. – Dá sim! Sabe por quê? Porque eu me sinto sozinha! Coisas estão acontecendo comigo! Coisas que nunca antes tinham acontecido! – gritei, sentindo as lágrimas de raiva começar a surgir.
         - Não grita comigo, Hayley – ele disse, ameaçador.
         - Grito sim! Você não liga pra mim! Só liga pra merda da sua empresa! – gritei, nervosa.
         - NÃO GRITE COMIGO, PORRA – Johnny berrou, tão nervoso quanto eu.
         - AH, VAI SE FODER! – berrei inconscientemente. Pude ver Johnny levantar a mão, mas antes que pudesse me dar um tapa, ele se controlou.
         - Sobe agora, antes que eu faço algo sem pensar – ele disse com sua voz assustadoramente tranquila.
         Sem hesitar, subi as escadas e rapidamente entrei no meu quarto, batendo a porta. Me joguei na cama, chorando descontroladamente enquanto Félix me observava com seus grandes olhos amarelos. E acabei dormindo ali, de bruços, por cima das cobertas e com a roupa do corpo.

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