sábado, 24 de agosto de 2013

Mercenários (com Liam Payne) – Capítulo Seis – Casa noturna e refrigerante com uísque

Capítulo Seis – Casa noturna e refrigerante com uísque

Londres, Soho, casa noturna, 7:30 pm.

         Depois de passar meia hora em um engarrafamento, causado pelo horário em que as pessoas saem de seus trabalhos, e mais meia hora normal de se chegar até a Soho. Megan estacionou o carro vermelho em frente à casa noturna.
         Descemos do veículo, fechando as portas em seguida. Megan acionou o alarme e fomos em direção à porta da boate, onde dois seguranças estavam parados.
         - Os ingressos, por favor – um deles pediu, nos olhando desconfiadamente.
         - Ah, só um minutinho... – Megan abriu sua pequena bolsinha e, segundos depois, tirou de dentro dela um par de ingressos e os entregou para o segurança. O mesmo os checou e em seguida pediu nossos documentos de identificação.
         - Tá de brincadeira, né? – comentei, enquanto tirava a minha carteira de identidade de dentro da bolsa de lado; Megan fez o mesmo.
         Mostramos as careiras. O segurança assentiu e deu espaço para que entrássemos na casa noturna. Megan me puxou pela mão para dentro do local.
         A boate era iluminada apenas por algumas luzes coloridas, que dançavam de um lado para o outro, assim como as pessoas, ao ritmo da música eletrônica.
         - Vamos para o bar! – exclamei, com a música alta abafando a minha voz.
         - O quê? – Megan perguntou, sem entender o que eu dissera.
         - Eu disse: vamos para o bar! – repeti. Megan riu e assentiu.
         Caminhamos por entre as pessoas, pedindo licença diversas vezes, até chegarmos ao bar. Nos sentamos ao balcão e logo o barman se aproximou, perguntando o que iríamos querer para beber.
         - Uísque, por favor – Megan pediu.
         - Só refrigerante para mim, por favor – pedi. O barman assentiu e começou a preparar as bebidas.
         Logo ele colocou na nossa frente dois copos e duas garrafas, uma de uísque e a outra de refrigerante. Peguei a garrafa que me pertencia e, quando havia enchido o meu copo até a metade, Megan me interrompeu:
         - Não vou deixar que beba só refrigerante durante a noite toda – ela disse, enchendo o restante do copo de uísque. – Bebe assim, misturado. Você vai gostar. Não é tão forte quanto pensa.
         Hesitei por alguns segundos, com o copo em mãos. Em seguida levei o copo até a boca e bebi um gole de seu conteúdo: era mais forte que vinho, com toda a certeza. Mas o gosto do refrigerante disfarçava o gosto do álcool.
         - E aí? – Megan perguntou apreensiva.
         - Não é bom, nem ruim... – respondi com sinceridade. – É porque não é o tipo de bebida que eu estou acostumada a beber – acrescentei quando Megan fez menção de perguntar.
         - Entendi... – ela riu, bebendo um gole do uísque. Em seguida olhou para a pista de dança. – Vou ir dançar. Quer ir comigo?
         - Não, pode ir... Vou ficar aqui, por enquanto – respondi, sorrindo pelo canto dos lábios. Megan retribuiu o sorriso, levantando-se e indo para a pista de dança, levando a garrafa da bebida consigo.
         Dei uma pequena risada, bebendo um gole do meu refrigerante com uísque. Não sabia o porquê de estar tão tranquila, já que, possivelmente, Johnny já teria chegado em casa e ficaria furioso quando não me encontrasse.
         Passados alguns poucos minutos, alguém sentou-se no lugar em que Megan estava antes, me despertando dos meus pensamentos culpados.
         - Vodka, por favor – a voz masculina pediu. Em seguida virou-se para mim, revelando seu rosto. – Parker?
         - Liam? – me espantei. Com a surpresa, acabei deixando meu copo cair sobre o balcão, e a bebida caiu na camisa preta do moreno, que se assustou. – Me desculpe, me desculpe! – exclamei, com as mãos sobre a boca.
         - Tudo bem... – Liam disse, um tanto surpreso.
         - Deixa que eu limpo – pedi, tentando consertar toda a bagunça.
         - Não se preocupe – ele disse com firmeza.  
         - É sério, cara... Vamos até o banheiro, que eu limpo... – repliquei, ainda espantada. Antes que Liam pudesse dizer algo, o peguei pela mão e o arrastei até o banheiro feminino. – Tira a camisa – mandei, fechando a porta do banheiro assim que entramos.
         - O quê? Isso aqui é o banheiro feminino, Parker – Liam me fitou, indignado.
         - A porta está trancada – retorqui.
         - Mas continua sendo o banheiro feminino. E eu, enquanto homem, tenho uma certa dignidade a zelar – ele replicou, me fazendo rir. – Tá rindo de quê?
         - Nada... Quer que eu limpe sua camisa, ou não? – perguntei, impaciente.
         - Se insiste tanto... – Liam murmurou, tirando a camisa, revelando seu abdômen e braços definidos. O fitei por alguns segundos, corando rapidamente. O moreno devia ter percebido, pois dera uma breve risada baixa. – Fique à vontade...
         Liam me entregou a camisa. A peguei rapidamente e fui até a pia. Abri a torneira e coloquei o local em que a bebida havia caído embaixo da água, observando Liam me fitar, pelo espelho.
         - Como veio parar aqui, na Soho? – ele perguntou, sorrindo pelo canto dos lábios.
         - Megan me convidou... – respondi, fechando a torneira. Em seguida, fui até o secador de mãos e coloquei a parte molhada da camisa embaixo.
         - Ah, Megan... Vocês estão tendo um caso? – Liam perguntou.
         - O quê? Não! – perguntei, surpresa.
         - Pelo jeito, não sabe que Meg gosta de meninas também – ele riu.
         - É, não sabia... É feio contar os segredos dos outros, Liam Payne – impliquei, tirando a camisa de baixo do secador. Me aproximei de Liam e lhe entreguei a mesma.
         - Segredo? Está escrito na testa dela: “eu sou bissexual” – ele sorriu pelo canto dos lábios, pegando a camisa e vestindo-a, em seguida. Logo, Liam estava me fitando. – Obrigado por limpar.
         - Você quer dizer “obrigado por sujar e limpar”? Imagina... – comentei, fazendo Liam rir brevemente.
         - É, você sabe... – ele sorriu, me olhando fixamente. Em seguida, aproximou o seu rosto do meu e beijou o canto da minha boca, carinhosamente. 

Um comentário: