sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Mercenários (com Liam Payne) – Capítulo Catorze – O lenço

Capítulo Catorze – O lenço

~Liam P.O.V.’s~

         Liam tamborilou os dedos no volante, impaciente. Buzinou cinco vezes seguidas, esperando que, de alguma forma, o engarrafamento quilométrico à sua frente desaparecesse. Zayn o havia ligado pela terceira vez, dizendo que a polícia tinha novas pistas sobre o assassino de seus patriarcas e que Liam deveria se apressar.
         Pelo menos o moreno tinha algo com que ocupar a sua mente, para que não ficasse nervoso com o trânsito e as notícias. Liam apoiou seu braço direito na janela do carro, lembrando-se do recente beijo com Hayley Parker. Ainda se perguntava de onde havia arranjado coragem para beijá-la. Entretanto, sabia que não poderia levar isso adiante, por mais que desejasse.
         Ainda sentia-se confusa em relação aos seus sentimentos pela novata de cabelos brancos. Numa hora sentia-se perturbado a ponto de quase odiá-la. Noutra, se sentia assustadoramente atraído, a ponto de beijá-la.
         Liam sorriu pelo canto dos lábios, lembrando-se da delicadeza do beijo de Hayley. Alguns resquícios do batom vermelho da garota ainda estavam presentes nos lábios do moreno, o que o deixava cada vez mais atraído pela novata.

Londres, delegacia central, 5:30 pm., sábado.

         - Foi apenas isso que encontramos, depois de dois anos de novas buscas – o delegado, um grisalho de quarenta anos, de boa aparência, que atendia pelo nome de James Stewart, estendeu o saquinho transparente para Liam.
         O moreno o pegou e olhou atentamente para o objeto ali dentro: era um lenço branco, em sua boa parte manchado de um tom vermelho-amarronzado, que Liam concluiu ser sangue seco.
         - Foi passado despercebido nas nossas primeiras buscas, e foi encontrado hoje no laboratório, embaixo de um dos armários – o delegado explicou, antes que Liam pudesse perguntar algo.
         Era terrivelmente doloroso encarar aquela mancha de sangue. Liam engoliu em seco, procurando se controlar de um possível acesso de raiva na sala do delegado. Zayn, que estava sentado ao seu lado, lhe deu deves tapinhas no ombro.
         - Posso ficar com isso? – Liam perguntou, encarando o delegado sentado à sua frente, do outro lado da mesa.
         - Pode. Já fizemos as análises necessárias – ele assentiu. Liam deu um meio sorriso, sentindo uma profunda sede de vingança se apoderar de sua consciência.

Londres, Notting Hill, casa da Hayley, 5:30 pm., sábado.

~Hayley P.O.V.’s~

         Quando eu entrei em casa, Johnny ainda não havia chegado. Aproveitei para tomar um longo banho, comer alguma coisa e ir para a sala assistir qualquer bobagem que estivesse passando na TV.
         Enquanto brincava com Félix, lembrava-me dos lábios quentes de Liam. Eu não conseguia pensar em mais nada além daquele beijo. Liam fora gentil e provocante, o que me deixara insana.
         O barulho da porta de entrada batendo me fez despertar dos meus pensamentos maliciosos. Johnny apareceu na porta do corredor, com seus costumeiros cabelos rebeldes. Ele fez um breve aceno com a mão, antes de subir as escadas, se arrastando.
         Eu sabia que o meu pai não gostava de seu trabalho tanto quanto eu. Mudávamo-nos toda hora, ele ficava fora quase que durante o dia inteiro, só tinha os domingos de folga... E sem contar com as inúmeras vezes que o ouvi xingar o trabalho de palavrões fortes.
         Voltei a minha atenção para o gato cinzento, que tentava pegar a cordinha do capuz do meu moletom. Mil perguntas passavam pela minha mente... Por que Liam beijaria logo a mim? Por que não Sunny Lewis, que já lhe arrastava uma enorme asa desde a quarta série? Por que eu, que ele conhecia há um dia?

         - E então? O que você e seu – Johnny fez sinal de aspas com as mãos – “amigo” fizeram durante a tarde?
         - Almoçamos, e depois fomos ao Batman Park – respondi, enquanto meu pai me fitava do fogão. Eu estava sentada à mesa, observando Félix comer em seu pratinho de ração. Johnny havia feito uma lasanha, da qual esperava ficar pronta no forno. Ele vestia um avental branco (agora sujo de molho de tomate) por cima da camiseta cinza e da calça de moletom preta.
         - E vocês foram de ônibus? – ele perguntou, parecendo estar interessado em saber como fora a minha tarde.
         - Não. Carro – respondi com simplicidade, dando de ombros. Johnny se surpreendeu.
         - E quantos anos esse rapaz tem?
         - Não faço ideia... – respondi, dando-me por conta de que ainda não havia perguntado a idade de Liam.
         - Como assim, minha filha? Você não pode ficar saindo de carro com alguém que você não sabe nem a idade – pior que ele tinha razão.
         - Relaxa... Ele é da minha sala. Portanto, deve ter dezessete ou mais – repliquei enquanto prendia o meu cabelo em um coque frouxo.
         - Ah, sei... – Johnny me lançou um olhar desconfiado. – Tome cuidado, de qualquer forma... 

Um comentário:

  1. Ah que perfeito Liamda.. Me desculpe pela ausência de comentarios é que eu ando meio ocupada ultimamente, e estava impossível eu mexer no pc..
    Mas continua logo pq eu to amando <3
    Bjim *-*

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